"Proponho ao povo soberano modificar da seguinte forma o artigo 230: (...) Período presidencial de sete anos para o cargo de presidente ou presidenta da República, podendo ser reeleito de imediato para um novo período.” Assim Hugo Chávez pretende fazer crer que cabe ao povo instalar os meios legais para que ele possa dominar indefinidamente a Venezuela.
O mais alarmante no caso de Chávez é que ele tem a seu lado uma boa parcela da classe estudantil venezuelana, que o vê como o revolucionário que irá libertar a Venezuela da tirania capitalista. Para isso, já anunciou que vai expulsar o FMI do país.
Chávez dá ares democráticos à sua intenção absolutista. Diz que pretende a realização de uma revolução socialista, pautada pela vontade da maioria, do "povo soberano". Bonito. Com seu projeto de unipartidarismo, vai facilitar bastante o processo democrático. Mussolini, embora tenha sido da direita, aprovaria a postura do caudilho venezuelano.
A utopia socialista de Chávez remete à Platão. Em sua eterna obra "A República", analisando a evolução dos sistemas de governo, faz entender que a tendência da democracia é se transformar em uma tirania. No autêntico Estado democrático, a vontade da maioria norteia o Estado, o que torna a existência desse Estado uma utopia tão intangível quanto demonstrou ser a socialista. Isso porque a maioria, invariavelmente, é excluída do processo político. O socialismo democrático de Chávez é utopia ao quadrado. E tem gente por lá engolindo essa.
No Brasil temos um espelho disso. Um governo de um partido historicamente vermelho, que colheu a massa apolítica com benefícios que se não prestam a outro fim senão mantê-la na condição de dependência assistencial. E de bons eleitores. (Pra quê voto de cabresto?) Mas para quem não tinha pão, tê-lo significa muito. E isso, dentro do sistema democrático brasileiro, é um meio eficaz de manutenção do poder. Só falta a alteração constitucional.
Mas o estilo de Lula é outro. Governando em favor de poucos, distraindo a massa e marginalizando a classe média, prega uma sociedade democrática e igualitária. Mas na prática o abismo entre as classes persiste. O país não cresce. Só crescem os escândalos, dos quais ele é sempre o último a saber.
Luís XVI também marginalizou toda uma classe. Deu no que deu. Mas isso foi na França Iluminada. O pescoço de Lula, por aqui, está seguro. No Brasil, cai um avião, prendem o dono do "hotel"; e o Renan continua livre, contando suas anedotas no Congresso, enquanto a classe média reclama, inerte, dizendo-se cansada. É a ditadura da impunidade.
O mais alarmante no caso de Chávez é que ele tem a seu lado uma boa parcela da classe estudantil venezuelana, que o vê como o revolucionário que irá libertar a Venezuela da tirania capitalista. Para isso, já anunciou que vai expulsar o FMI do país.
Chávez dá ares democráticos à sua intenção absolutista. Diz que pretende a realização de uma revolução socialista, pautada pela vontade da maioria, do "povo soberano". Bonito. Com seu projeto de unipartidarismo, vai facilitar bastante o processo democrático. Mussolini, embora tenha sido da direita, aprovaria a postura do caudilho venezuelano.
A utopia socialista de Chávez remete à Platão. Em sua eterna obra "A República", analisando a evolução dos sistemas de governo, faz entender que a tendência da democracia é se transformar em uma tirania. No autêntico Estado democrático, a vontade da maioria norteia o Estado, o que torna a existência desse Estado uma utopia tão intangível quanto demonstrou ser a socialista. Isso porque a maioria, invariavelmente, é excluída do processo político. O socialismo democrático de Chávez é utopia ao quadrado. E tem gente por lá engolindo essa.
No Brasil temos um espelho disso. Um governo de um partido historicamente vermelho, que colheu a massa apolítica com benefícios que se não prestam a outro fim senão mantê-la na condição de dependência assistencial. E de bons eleitores. (Pra quê voto de cabresto?) Mas para quem não tinha pão, tê-lo significa muito. E isso, dentro do sistema democrático brasileiro, é um meio eficaz de manutenção do poder. Só falta a alteração constitucional.
Mas o estilo de Lula é outro. Governando em favor de poucos, distraindo a massa e marginalizando a classe média, prega uma sociedade democrática e igualitária. Mas na prática o abismo entre as classes persiste. O país não cresce. Só crescem os escândalos, dos quais ele é sempre o último a saber.
Luís XVI também marginalizou toda uma classe. Deu no que deu. Mas isso foi na França Iluminada. O pescoço de Lula, por aqui, está seguro. No Brasil, cai um avião, prendem o dono do "hotel"; e o Renan continua livre, contando suas anedotas no Congresso, enquanto a classe média reclama, inerte, dizendo-se cansada. É a ditadura da impunidade.